sábado, 15 de março de 2014

Erros mais comuns no diagnóstico dos tipos (http://mundoeneagrama.org/2012/07/os-10-erros-mais-comuns-no-diagnostico-dos-tipos-2/)

Ao conhecer o Eneagrama e observar o enorme alcance dessa ferramenta, percebo que muitas pessoas se animam bastante com a possibilidade de diagnosticar os tipos das outras pessoas. Na minha opinião isso é possível, particularmente gosto do método de Entrevista de Identificação de Tipo criado pela Helen Palmer e pelo David Daniels, pois considero um método bastante eficaz e com alto grau de assertividade. No entanto, esse processo de identificação deve ser feito com muita cautela, já que, sem isso, é muito provável cometer erros nesse diagnóstico.
Cito a seguir os erros que eu percebo que mais comuns no diagnóstico dos tipos:
1 – Fazer o diagnóstico baseado em comportamentos.
Se uma pessoa fala a seguinte frase: “ sou organizada, pontual e costumo seguir regras”, que tipo você acredita que essa pessoa seja? Se você pensou em algum tipo específico, tome cuidado, pois pessoas de tipos distintos podem ter comportamentos bem semelhantes. Como por exemplo, uma pessoa do Tipo 1, do Tipo 5 e do Tipo 6 podem se apresentar e se descreverem desta forma, no entanto, cada uma terá seu motivo particular para apresentar esses tipos de comportamentos. O Tipo 1 pode fazer isso em função de sua crença de que precisa ser bom, correto para ser amado, o Tipo 5 pode fazer isso como uma estratégia de já realizar um planejamento do quanto de tempo, espaço e conhecimento terá que despender em alguma atividade e o Tipo 6 por ter isso como uma forma de defesa que ameniza o seu medo. Se levarmos em conta só esses comportamentos, sem nos aprofundarmos nas motivações, o risco de erro no diagnóstico se torna alto.
2 – Crença de que sabe o tipo do outro mais do que ele próprio.
Às vezes a vontade de identificar o tipo dos outros e o conhecimento em Eneagrama podem fazer com que as pessoas se esqueçam que cada ser humano é único, com suas particularidades. E um risco disso é acabar se baseando em algum comportamento que a pessoa apresente ou alguma fala dela e querer concluir o que ela pensa, sente e como age, como se a pessoa que está tentando identificar o tipo dela a conhecesse mais do que ela mesma. Percebo que, às vezes, as pessoas acham que alguém é de determinado tipo e quererem confirmar isso “a todo custo”, ou seja, ao invés de se questionar se seria isso mesmo, tendo mais humildade neste processo de identificação do tipo, procuram apenas argumentos que “comprovem” sua idéia inicial.
3 – Estereótipos dos tipos.
Por exemplo, achar que todo mundo que tem a característica de ser mais direto ou que descreve assim é Tipo 8, o que não necessariamente é verdade. Restringir a experiência de ser um Tipo 8 a apenas esse descritor, seria uma conclusão superficial e prematura. Além disso, pessoas de outros tipos também podem apresentar essa característica. Ou seja, deduzir algo que a outra pessoa fala como sendo necessariamente característico de algum tipo, sem checar se realmente é assim, também pode dificultar o diagnóstico.
4 – Achar que a pessoa é ou que não é do mesmo tipo que o seu.
Quando estamos tentando realizar o diagnóstico de uma pessoa no Eneagrama e nos identificamos em algum aspecto dela, corremos o risco de achar que ela deve ser do mesmo tipo que o nosso, já que tem pensamentos similares ao nosso. O contrário também acontece, se a pessoa fala algo no qual não nos identificamos, corremos o risco de achar: “não é possível que ela seja do mesmo tipo do que eu”. Se não nos atentarmos para isso, podemos descartar um tipo que pode ser o da pessoa ou manter um que não necessariamente se assemelha à forma dela ser.
5 – Desconhecimento dos subtipos.
Conhecer a respeito dos subtipos é fundamental para realizar um bom diagnóstico, uma vez que os comportamentos de alguns subtipos se assemelham a forma de agir de alguns tipos do Eneagrama, o que pode confundir o diagnóstico. Por exemplo, percebemos que na prática o Tipo 4 subtipo sexual dominante pode ser facilmente confundido com o Tipo 8 ou o Tipo 3 do Eneagrama, já que o que caracteriza o Tipo 4 sexual é a competitividade (podem se mostrar bastante competitivos, o que se assemelha bastante a competição que o Tipo 3 geralmente apresenta) e a agressividade (por serem mais enérgicos, se expressarem de forma mais agressiva, podem ser confundidos com o Tipo 8).
6 – Abordar temas de forma superficial.
Temos que nos lembrar que muitas vezes as pessoas não se descrevem totalmente como são. É comum do ser humano procurar esconder características que não considera tão agradáveis, muitas vezes até para si mesmo. Na prática, percebemos que às vezes as pessoas falam que são de determinada forma, no entanto, tais características se assemelham mais a como elas gostariam de ser, como elas acham que seria a forma correta de agir ou como elas acham que os outros esperam que elas sejam, não como elas são de verdade. Se estivermos procurando identificar o tipo da pessoa baseado nas informações que ela nos fornece a respeito de si própria, temos que nos lembrar disso e nos aprofundar nos temas para checar se realmente a pessoa se comporta de determinada maneira.
7 – Deduzir o tipo da pessoa baseado na forma na qual ela se apresenta.
Por exemplo, concluir que a pessoa é um Tipo 5 apenas levando em consideração o fato dela apresentar de forma mais discreta, certamente seria algo precipitado. Às vezes a pessoa pode se apresentar dessa forma apenas por conta do ambiente ou contexto no qual ela se encontra, ou até mesmo esta pode ser uma característica cultural que ela possui (por exemplo, devido ter sido criada em uma cultura oriental no qual tal postura é incentivada) ou às vezes a motivação dela ser desta forma é devido a questões que não são de uma pessoa do Tipo 5 do Eneagrama (por exemplo, ela pode ser um Tipo 4 que se sente inseguro em se colocar e acaba sendo mais discreto em sua interação com os outros).
8 – Se envolver em algum viés do seu tipo.
Sempre quando estamos nos relacionado ou trabalhando com pessoas, geralmente o fazemos baseado na nossa visão de mundo. Se não nos atentarmos para características de nosso tipo que podem ter um impacto negativo nesta interação, também podemos prejudicar o nosso diagnóstico. Por exemplo, uma pessoa do Tipo 4, se não se observar, facilmente pode acabar se comparando com as outras pessoas. Se enquanto estiver tentando diagnosticar o tipo de alguém, não se atentar a essa tendência, certamente isso poderá tirar seu foco e a atrapalhar em meu objetivo. Cada pessoa de cada tipo terá que observar qual é o seu viés que terá que procurar controlar para conseguir concluir a identificação do tipo de forma satisfatória.
9 – Não levar em consideração a complexidade da ferramenta.
Realmente o Eneagrama é um sistema bastante preciso, no entanto, para abarcar toda essa precisão, é necessário conhecê-lo a fundo e saber que se trata de um sistema dinâmico. As flechas e as asas também podem complicar o diagnóstico. Muitas vezes é necessário questionar se a pessoa é daquele jeito ou está se apresentando daquela forma por estar vivenciando uma situação na qual está sendo pressionada ou desafiada, portanto tenderá a exibir comportamentos do seu tipo de stress.
10 – Não levar em conta diferentes níveis de consciência que as pessoas possuem.
Quando alguém realiza um trabalho de desenvolvimento pessoal, acaba muitas vezes modificando diversos comportamentos. Além disso, a maturidade, as experiências e as dificuldades fazem muitas vezes com que as pessoas modifiquem o seu jeito de ser. Se não levarmos isso em consideração e procurarmos saber se a pessoa sempre foi daquela forma ou se houve algum aprendizado que resultou em um jeito diferente de se apresentar no mundo, podemos também prejudicar o diagnóstico.
Concluindo: realizar o diagnóstico de uma pessoa no Eneagrama não é uma tarefa fácil, mas tomando os devidos cuidados, é possível ter bastante assertividade nesse processo de identificação. A auto-observação e a prática contribuem para que as pessoas não apresentem os erros citados acima.
Somado a isso, não devemos perder de vista que, quem realiza do diagnóstico do tipo é a própria pessoa, nós podemos direcionar, auxiliar e facilitar esse processo, mas não devemos “tirar o gostinho” da própria pessoa se descobrir e se identificar.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Renata é psicóloga, atualmente trabalha com desenvolvimento humano tanto na área clínica como na área organizacional. Atua como supervisora/coach do processo de certificação do Enneagram Profissional Training Program (EPTP) no Brasil e como professora em cursos de Eneagrama

sexta-feira, 14 de março de 2014

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A emoção primordial do Cinco é o medo mental

A emoção primordial do Cinco é o medo mental.

Aqui cabe uma explicação. Há o medo instintivo e há o medo mental. O medo instintivo é bom, faz parte de nossas ferramentas de sobrevivência. É aquele mecanismo que avisa você que é bom correr ou então se preparar para lutar. Já o medo mental é aquele que a gente cria com a própria mente, imaginando cenários e acontecimentos que no fim nunca acontecem (felizmente).

O Cinco busca o conhecimento para se sentir seguro. Ele bloqueia os instintos e sentimentos e se concentra nas informações. O Cinco gosta de se isolar e observar. Quando encontra pessoas de que gosta (poucas), baixa sua ponte levadiça e permite que adentrem seu espaço.

Como bloqueia os intintos e sentimentos, ele se sente “possuído”, tomado por um alien, quando vivencia alguma emoção. Sua reação neste caso é se afastar da emoção e avaliá-la intelectualmente.

Quando em crise o Cinco se apega exageradamente ao conhecimento e se isola do mundo para evitar o sofrimento da perda. Quando supera este medo, consegue perceber a abundância da vida e conquista o despreendimento através da percepção de que há muito de tudo para todos.

http://coisasqueeuacho.blogspot.com.br/2010/06/eneagrama-tipo-5-minha-torre-meu-mundo.html

Corpo e Eneagrama


transp.gif (43 bytes)tit_corpo.gif (959 bytes)
O MUNDO FÍSICO ATRAVÉS DO ENEAGRAMA


Se pra você aquela aula de localizada é uma tortura, praticar alpinismo é coisa de maluco e jogar squash é algo muito complexo...Não se desespere! Sempre haverá um esporte ou uma atividade física própria para você, que respeite sua individualidade e lhe permita unir lazer, saúde e desenvolvimento pessoal.

A partir do Eneagrama, retratamos o perfil físico de cada personalidade, quais são suas atividades afins, que características pessoais ajudam em tal esporte, como é seu grau de energia, etc. Conhecendo-nos melhor através do Eneagrama, seremos capazes de escolher atividades que harmonizem nossas necessidades físicas, sociais, emocionais e mentais.

Algumas personalidades do Eneagrama se destacam em termos de disposição e alto grau de energia: Perfeccionista, Contestadora e Controladora. Como conseqüência, essas pessoas escolhem esportes que extravasem a hiperatividade, competitividade e alta disposição que possuem. Já os tipos Romântica e Pacificadora são mais passivos, ou seja, “teoricamente” mais tranqüilos, que interiorizam seus sentimentos e buscam na atividade física uma sintonia diferente dos tipos acima, mais para dança, relaxamento e passeios do que para lutas, futebol ou rafting.


Confira um por um dos tipos do Eneagrama e suas afinidades físicas:

Perfeccionista

Está sempre procurando se aperfeiçoar através de altos desafios. Procura esportes individuais e prefere aqueles altamente complexos como squash e tênis, onde precisa tanto dos braços e pernas, como da mente. Com um elevado grau de competitividade, a perfeccinista está sempre se exigindo ao máximo, convivendo com o stress que, as vezes, a torna um pouco agressiva

Prestativa

Procura esportes onde ela possa servir os outros, tais como levantadora de vôlei ou armadora de basketball. Ela adora esportes coletivos por que se dá muito bem trabalhando em equipe e adora se tornar indispensável. Altamente motivada, ela não faz questão de aparecer, preferindo que os outros apareçam através dela.

Materialista

Gosta de freqüentar academias badaladas e fazer atividades da moda tais como spinning, body pump e tae-bo. Adora ficar em grupo e faz questão de ter um professor famoso. Tem alto grau de motivação, é extremante sociável, cuida muito do visual e está sempre disposta e animada. Não gosta muito de praticar esportes que exigem alto grau de sinergia e coordenação, preferindo assim atividades simples que lhe tragam um retorno estético rápido, como abdome bem definido, pernas bem torneadas e um corpo malhado.

Romântica

Ela normalmente evita esportes e ginástica. Prefere atividades como jazz, danças de salão ou ballet. Adora dançar a dois, principalmente bolero e tango. Prefere não gastar muita energia, já que não faz parte da turma da transpiração... Prioriza a expressão corporal e facial e procura atividades que, em primeiro lugar, lhe agradem. E geralmente são as que não estão na moda....


Observadora

Busca a Yoga e atividades semelhantes para harmonizar a mente e o corpo. Ela procura atividades que ajudam a pensar e refletir, e assim encontrar paz. Freqüentadora assídua de relaxamento e alongamento, também curte caminhada ecológica. É muito voltada ao bem estar e tem uma alta preocupação com a sociedade e o mundo. Ela vê seu desenvolvimento através do aspecto físico e mental como algo de muita importância em sua vida. Costuma ser sempre calma e serena.

Contestadora

Procura sempre contato. Freqüentadora ideal das artes marciais, principalmente tae-bo e capoeira. Também curte basquete e futebol. Usa o esporte como uma maneira de descarregar energia, combater o stress e mostrar seu valor. Tem alto grau de disposição e combatividade. Não se interessa por modismos, não tem medo de assumir riscos e tem no esporte sua forma de comunicação com o mundo

Aventureira

Adora praticar esportes novos, exóticos e diferentes, de preferência em lugares longínquos e remotos. Rafting, alpinismo e mountain bike são alguns exemplos. Encara os desafios como uma aventura, porém não consegue ficar em um lugar ou atividade por muito tempo. Cansa facilmente do esporte e está sempre buscando coisas novas. Adora fazer parte de expedições. Dessa forma, ela dá seu grito de liberdade e independência. Não gosta de esportes cheios de regras, nem de atividades monótonas e cansativas, tais como corrida e natação.

Controladora

Adora esportes coletivos e de combate. Tem alto grau de energia e não aceita derrotas, o que pode gerar atitudes ríspidas e agressivas na hora da derrota eminente. Adora aparecer como “Salvador da Pátria”. Tem dificuldades no relacionamento, mas acaba se encaixando como assistente do treinador porque respeita a autoridades. Demonstra muito esforço e garra, porém tem tendência obsessiva de esquecer a vida e se envolver totalmente no jogo. Podem fazer papel de capitão e líder, tipo o pivô do basquete, a zagueira do futebol ou o principal atacante do vôlei

Pacificadora

Evita esportes e atividades que envolvam contato físico. Adora ser árbitro e juíz. Quer manter sua posição de neutralidade acima de tudo. Prefere atividades de grupo, mas apenas as que não exigem competição, tais como caminhadas noturnas de bicicleta, passeios ecológicos ou andar na praia nos fins-de-semana.

http://www.experta.com.br/tariqexperta/voce/voce_corpo20010111.html


para refletir..e não para aceitar sem questionar.....rs

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Brasil, Tipo 7 no Eneagrama


"Eneatipos do Eneagrama são visões de mundo. Segundo a teoria, cada um de nós em algum estágio das nossas vidas acabou por adotar uma estratégia de sobrevivência, uma máscara (ou tipo) que a nossa mente criou para para sobreviver às intempéries do mundo. Portanto,  em tese, essa poderosa ferramenta de auto-conhecimento deveria ser aplicada somente em nós mesmos e nas demais pessoas que nos cercam. De qualquer forma, quando discutimos, compartilhamos e aprendemos sobre o Eneagrama é muito proveitoso aplicá-lo nas diversas facetas da nossa vida com o intuito de elucidar ao máximo todos os aspectos.
Nesse sentido, irei pegar emprestado do poeta a sua a licença, e aplicar o eneagrama no meu querido e belo país: o Brasil.


Se o Brasil fosse representado por um dos eneatipos, certamente ele seria o tipo 7 no eneagrama. É possível reconhecer na cultura nacional brasileira vários pontos relacionados a este tipo, vamos a alguns deles:

Ver o lado positivo da vida: brasileiros são amplamente reconhecidos pela sua agilidade de focar no lado positivo das coisas, apesar dos enormes problemas sociais que enfrentam. Debates sobre os problemas sociais são frequentemente seguidos por uma afirmação do tipo “Sim, mas….”. Em uma pesquisa realizada com vários países do mundo, brasileiros estiveram no topo da lista na pergunta “Eu acredito que o meu país é o melhor lugar do mundo para se viver”. Alguns sociólogos dizem que se algumas coisas que acontecem no Brasil estivessem acontecendo em outro país, por muito menos uma guerra civil teria eclodido, mas não aqui, onde as pessoas parecem estar felizes não importa o que aconteça.

Se divertir: brasileiros são muito festeiros, não importa sua condição social.
Um grande exemplo é a devoção que várias pessoas da camada social menos abastada tem ao Carnaval. Grande parte da vida dessas pessoas é dedicada ao planejamento anual de um desfile anual que dura cerca de uma semana em Fevereiro. Isso acontece nas Escolas de Samba – que estão longe de ser um estabelecimento educacional tradicional – mas um local no qual milhares de pessoas da comunidade se encontram para ensaiar o desfile de carnaval sob o ritmo frenético de tambores, samba e muita alegria.
Outro fato que exemplifica a ânsia pela diversão é que a maioria dos brasileiros gasta praticamente todos os seus Reais ao invés de poupar o seu dinheiro – mesmo que o Banco Central matenha a taxa de juros como uma das maiores de todo mundo – o que acaba dando trabalho para os economistas explicarem.

Flexibilidade e Criatividade: essa é uma característica positiva atribuída aos brasileiros, de jogadores de futebol a homens de negócios. Por exemplo, uma análise de um jornal de negócios apontou que muitas companhias norte-americanas e Européias estão contratando diretores financeiros brasileiros, porque “apesar de serem da área financeira, são pessoas muito criativas e capazes de contornar problemas de forma diferente”. Isto também pode ser observado na história recente do país, antes da criação do Real, quando a inflação atingia níveis impraticáveis e a criatividade fazia parte da estratégia de sobrevivência de todo um povo.
Ao mesmo tempo, também pode ser observado no famoso “jeitinho brasileiro”, afinal, não importa a situação, mas quase sempre encontramos uma forma de fazer aquilo do nosso jeito, com muito flexibilidade. Isso também inclui o jeito que os brasileiros lidam com as regras, burocracia, dinheiro, compromissos, etc.

Espontaneidade: os brasileiros são conhecidos, por exemplo, pela sua hospitalidade para com os estrangeiros e a facilidade com a qual conseguem estabelecer amizades rapidamente com as pessoas. Recentemente, um diretor de uma empresa multinacional para qual eu trabalho me confidenciou que adora o Brasil porque sempre quando ele voa do seu país natal na Europa para o Brasil, ele faz amizades com praticamente metade das pessoas no avião e alguma delas (pra sua grande surpresa) ainda o convidam para irem até as suas casas. Não são muitos os brasileiros que falam inglês, mas ainda sim, os falantes nativos em inglês geralmente dizem que consegue se comunicar bem com os brasileiros, por meio de muita linguagem corporal, gestos, caras e bocas.

E aí, o que você acha? O Brasil é ou não é tipo 7 no Eneagrama ?"


Alexandre Lourenção é publicitário pela ESPM, criador do Coletivo Ventríloquo, planner pela Miami Ad School, dublador, videomaker e entusiasta das novas tecnologias, há mais de 15 anos trabalha com meios digitais.
Foi assistente de professor na ESPM e é autor colaborador do livro ‘Propaganda – Teoria, Técnica e Prática’ de Rocha júnior, Garcia e Sant’anna 2008, publicação referência para estudantes de comunicação.
Há 10 anos estuda Eneagrama e outras ferramentas de desenvolvimento. Em 2010 concebeu, junto com Urânio Paes e a equipe up9, o projeto online Mundo Eneagrama no qual hoje é o atual gestor de conteúdo, autor colaborador e responsável pelo perfil no twitter @mundoeneagrama





http://mundoeneagrama.org/2011/07/brasil-tipo-7-no-eneagrama/

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) reconheceu, em 2008, o último sábado do mês de maio como o “Dia Mundial do Eneagrama”





http://mundoeneagrama.org/2012/05/congresso-brasileiro-coincide-com-o-dia-do-eneagrama/

Usain Bolt, um “Tributo” ao Tipo Sete (POSTADO POR MUNDO ENEAGRAMA EM AGOSTO 6, 2012 ÀS 7:57 AM) Por Urânio Paes (@uraniopaes)



"Usain Bolt se tornou bicampeão na prova sobre a qual recaem as maiores atenções durante uma Olimpíada, os 100 metros rasos. Dois milhões queriam um ingresso para ver Bolt fazer história no Estádio Olímpico de Londres; 80 mil privilegiados conseguiram. E, seguramente, não se arrependeram e jamais se esquecerão do que viram. Bolt virou uma atração; é um prato cheio para quem quer compreender melhor o perfil do Sete no Eneagrama.
O jamaicano, antes de mais nada, é simpático e carismático. Conquista as pessoas com a descontração, irreverência e espontaneidade. Atrai olhares e as câmeras de todo o mundo com um estilo informal, charmoso e alegre. Segundos antes de iniciar uma prova tão tensa e importante, lá estava Bolt, sorrindo, brincando com o público, com as câmeras, beneficiando-se duplamente disso, algo que parece melhorar sua performance e irritar alguns de seus adversários diretos.
Depois da prova, ele comemora com o público, abraça outros competidores, fala com a imprensa com uma informalidade típica daqueles que costumam “nivelar a autoridade”, uma marca do Tipo Sete. Estes comportamentos são formas eficazes de diminuir a tensão e aumentar o relaxamento e a autoconfiança.
Bolt exemplifica bem uma das formas de se diferenciar um Sete de um Três (muitos poderão questionar essa breve análise, afinal de contas, ele disse que estava feliz por ser o melhor do mundo). Ao olhar para a própria imagem no telão do estádio, Bolt gosta do que vê e costuma brincar mais. Neste momento, ele passa uma impressão de fazer exatamente o mesmo quando se olha em um espelho dentro de sua própria casa, ou seja, demonstra que não está nem aí para a aprovação do público, mas que curte e tem prazer na informalidade dessa interação pouco protocolar. O Sete está mais para “narcisista”, enquanto o Três está mais para vaidoso (em sentidos não patológicos/julgadores das palavras). Para Bolt, se os outros gostam ou não dele, isso, provavelmente, se torna mais uma questão de bom gosto ou mau gosto (dos outros, claro) do que motivo de preocupação.
Assim, de forma natural e espontânea, ele encanta as pessoas. Compare-o, por exemplo, às poses de Cristiano Ronaldo, um Tipo Três, quando se olha no telão antes de bater uma falta.
NAS ORGANIZAÇÕES – É possível estabelecer uma analogia com o que acontece em empresas. Muitas vezes, vejo os executivos do Tipo Sete buscando se divertir momentos antes de reuniões decisivas, por exemplo. Essa iniciativa pode trazer efeitos positivos para eles e para os resultados buscados. Empresas míopes e fracas no tema da diversidade, acostumadas a “pasteurizar” seus colaboradores, inibem esta estratégia dos Setes e, com isso, conseguem o oposto do que desejam: diminuem suas performances. Neste sentido, os fãs do esporte – e deste mito chamado Usain Bolt – deveriam agradecer de joelhos o fato dele ter nascido jamaicano. Sim, porque, nesse país, estas estratégias do Tipo Sete são aceitas e bastante apoiadas.
Uma das características da “gula”, que é a paixão ou o vício emocional do Sete, é acessar uma energia acima da média em determinadas situações, de forma ligada ao prazer (sugiro a leitura do artigo “Tipo Sete: paixão da “gula” e Virtude da “Sobriedade”). Esta característica, no caso de Bolt, parece canalizada de forma muito positiva, correndo de maneira mais rápida (o que rende o ouro, dá prazer) e intensa, que assombra leigos e especialistas, gerando debates sobre os limites biológicos do ser humano para uma prova como esta. É claro que suas características biológicas são decisivas, mas também me parece evidente que não somos feitos apenas do biotipo, mas também de nossa psique. É assim que Bolt, com uma energia acima da média, se percebe, constrói a sua personalidade.
Este, aliás, é um bom momento para lembrarmos uma importante lição: “bendita personalidade”. É fundamental pararmos de demonizar a personalidade no nosso trabalho de crescimento pessoal. As abordagens mais modernas (de trabalho interior) buscam integrar a personalidade e usá-la positivamente no trabalho de busca das qualidades essenciais, em vez de gerar confrontos improdutivos com nossos padrões. Parece que Bolt também sabe fazer isso muito bem, ao menos nos 9,63 segundos de sua inigualável corrida como homem mais rápido do mundo em todos os tempos. Tomara que possa, assim, inspirar uma parcela de seus bilhões de telespectadores na importante tarefa de mobilizar forças da personalidade para algo de nível efetivamente superior.
Um detalhe curioso da performance de Bolt é que ele larga pior do que a maioria dos seus adversários. Curiosamente, e isso também diferencia de forma muito precisa Setes e Três, ele admite isso publicamente. Aqui, não se trata de fazer uma crítica ao Tipo Três, apenas de dizer que os Setes podem ser menos refratários a admitir, publicamente, seus gaps, já que ele não se importa com a aprovação dos outros. De qualquer forma, essa “limitação” na largada decorre, em parte, de sua altura e tipo físico. Porém, mais uma vez, duvido que este seja o único fator. Acredito que isso acontece por ele ser um tipo mental do Eneagrama, que demora um pouco mais para ir para a ação. Os tipos instintivos (8, 9 e 1) tem uma facilidade um pouco maior de ir para a ação e, em geral, são “melhores” (possuem aptidão) em “arrancadas” (é o caso, a meu ver, de Ronaldo Fenômeno e César Cielo, ambos prováveis Tipos Nove do Eneagrama). Talvez, também, este seja um “efeito colateral” do fato de Usain Bolt brincar bastante, de forma mental, até poucos segundos antes de largar. Assim, ouso dizer que Bolt, talvez, ganhe alguns centésimos de segundo em sua performance, se for corretamente treinado com técnicas que usamos associadas ao Eneagrama, de desligar os pensamentos e acessar o instinto.
Por fim, a história recente de Bolt nos mostra uma sabedoria de como as pessoas do Tipo Sete podem de desenvolver. Há um ano, Bolt fracassou no Campeonato Mundial de Atletismo, na Coreia do Sul. Depois de todo um semestre aquém das expectativas, ele simplesmente queimou a largada e foi desclassificado. De lá para cá, muitos analistas duvidaram que o jamaicano pudesse se recuperar e repetir seus melhores momentos. Neste cenário, o que fez Bolt? Ele se isolou. Antes da Olimpíada, passou três semanas recluso e concentrado, longe de tudo e de todos, sem gerar ou alimentar o noticiário. Do ponto de vista do Eneagrama, o que Bolt fez foi acessar a força da sua flecha Cinco. Quando caminhamos contra a flecha no diagrama do Eneagrama, nós nos energizamos de uma maneira muito especial e, para um Sete, isto acontece no ponto Cinco do diagrama. E, quando isso é bem feito, na hora certa, o Tipo Sete pode ir para o ponto Um (flecha a favor), obtendo o melhor deste ponto, como disciplina, foco e instinto mais ativo (que tonifica e deixa as pessoas mais “espertas” nos movimentos físicos). Ou seja, Bolt fez a caminhada de crescimento que preconizamos para nossos alunos do Eneagrama: foi contra a flecha e, depois, a favor dela no diagrama, obtendo sucesso.
Por ser jamaicano, Bolt é um “duplo Sete”, ou seja, Sete na personalidade e Sete na cultura nacional, o que faz com que nós, brasileiros, nos identifiquemos ainda mais com ele (o Brasil também é Sete – sugiro a leitura do artigo “Brasil, Tipo Sete no Eneagrama”, de Wagner Belmonte neste blog). Por isto, já estou desde já na torcida para que este mito esteja na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, ganhando pela primeira vez três Ouros na prova mais importante do atletismo mundial (ontem, ele se igualou ao norte-americano Carl Lewis). Aposto que a energia brasileira (Sete) e carioca (outro “duplo Sete”) será contagiante para Bolt. Que, por sua vez, também será contagiante para nós, brasileiros.
Bolt revelou que sonha repetir seus feitos nos Jogos do Rio. “É verdade que terei 30 anos. Mas acho que pode ser divertido”, avisou o jamaicano. Sorridente, ele chegou a cantar “Every little thing is gonna be alright”, do também jamaicano Bob Marley, com um grupo de repórteres. Questionado se sentia uma “lenda do esporte” por ter quebrado o próprio recorde olímpico de 9s69, Bolt fez cara de contrariado. “Não, não. Estou a um passo (de me tornar uma lenda). Eu me sinto quase uma lenda”, brincou.
A reação de Blake, medalhista de prata, também foi bastante peculiar. “Fiquei com a medalha de prata. O que mais posso pedir? Ser o segundo homem mais rápido do mundo atrás de Bolt é uma honra”, disse.

O “Sete” Usain Bolt:

 Recordes mundiais:
100 m rasos – 9s58 (2009)
200 m rasos – 19s19 (2009)
Recordes olímpicos:
100 m rasos – 9s63 (2012)
200 m rasos – 19s30 (2008)
Títulos:
Bicampeão olímpico dos 100m (2008/Pequim e 2012/Londres), campeão olímpico dos 200m e 4x100m em 2008."